De olho no vírus
Cientistas franceses criaram um novo microscópio óptico que permitiu pela primeira vez que um HIV fosse observado diretamente com luz visível.
À esquerda uma imagem mais geral do HIV-1. À direita, a reconstrução da mesma área feita por computador, mostrando detalhes das estruturas virais.[Imagem: Leleka et al./PNAS]
Embora com menor resolução do que os microscópios eletrônicos, as técnicas de microscopia com luz visível são essenciais para observar amostras biológicas em funcionamento pleno, sem que a observação afete seu funcionamento.
Isso é tradicionalmente feito usando corantes, como proteínas GFP e anticorpos ligados a fluorófos sintéticos.
E os cientistas querem ver os vírus no interior das células que eles infectam, para observar seu funcionamento e descobrir formas de contra-atacá-los.
Esta comparação mostra a capacidade do microscópio óptico com super-resolução: o que era um pixel sem nenhuma informação, transformou-se em uma estrutura bem visível. [Imagem: Pasteur Institut]
Capsídeos
Isso permitiu que eles vissem pela primeira vez os capsídeos de um HIV-1 sem afetar a capacidade de replicação do vírus.
Capsídeos são estruturas cônicas que contêm o genoma do vírus. Essas estruturas devem se desmantelar para que o genoma viral se integre ao genoma da célula infectada.
Isto mostrou que os capsídeos desempenham um papel muito mais importante no ciclo de replicação do HIV do que se assumia até agora.
Há cerca de um ano, pesquisadores britânicos conseguiram enxergar um vírus pela primeira vez usando um microscópio óptico, mas ainda sem a resolução necessária para observar especificamente o HIV.
Redação do Site Inovação Tecnológica
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